エピソード

  • Gutto: “Black Company aparece nos livros da escola, faz parte da História”
    2025/04/23

    Apresenta-se como alguém “muito fechado, muito envergonhado, e muito introspectivo”, mas que, quando sobe ao palco, se transforma. Augusto Armada nos documentos, e Gutto na assinatura artística, o músico revela, neste episódio, que prefere estar no seu canto, longe da exposição.

    “Não é uma coisa específica minha. Conheço muitos artistas que são também assim”, aponta o ex-integrante dos Black Company, pouco ativo nas redes sociais, mas cada vez mais presente no equilíbrio da vida fora dos ecrãs.

    “A ida para o interior foi a melhor decisão de saúde que tomei, não só mental”, conta o improvável agricultor, hoje aos comandos da própria quinta. “Um mês depois de estar lá, a saúde física melhorou exponencialmente”, diz, completamente rendido à desaceleração dos dias. Mas mais do que fazer a ‘prova de vida’ do músico, nesta conversa percorremos alguns dos marcos da sua carreira.

    A começar pelo êxito “Nadar”, passando pela composição “Ser Negro”, sem esquecer a amizade com Boss AC, parceiro de vários projetos, incluindo uma turné nacional focada na Educação e Inclusão.

    Hoje a caminho dos 53 anos, Gutto, nascido em Luanda e educado na margem Sul do Tejo, dedica-se à formação e ao coaching comportamental, e vai matando saudades do palco com atuações pontuais.

    Para trás ficou o sonho de se tornar juiz, alimentado desde os 12 anos, e reformulado a partir de uma carreira inesperada na música, que conseguiu conciliar com a licenciatura em Direito.

    Sempre atento ao ritmo e poesia da vida, usa as redes sociais com muita moderação, e recentemente trocou a cidade pelo campo, onde se deleita a escutar os passarinhos, a apanhar azeitonas e fruta, e a fazer azeite.

    Oiça aqui a conversa de Gutto com Georgina Angélica e Paula Cardoso.

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    1 時間 4 分
  • Vem aí uma nova temporada d'o Tal Podcast. Desta vez na companhia do Expresso
    2025/04/16

    Para quem já conhece O Tal Podcast, obrigada por se manter connosco. Para quem nos está a ouvir pela primeira vez, bem-vindo à quinta temporada do nosso podcast, desta vez integrado no catálogo de podcasts do Expresso.

    Por aqui já recebemos mais de 40 personalidades em conversas sem guião pré-definido, ao sabor das respostas dos convidados à mesa com Georgina Angélica e Paula Cardoso.

    A todas as pessoas desse lado, fiquem atentas aos novos episódios e subscrevam a nossa newsletter bissemanal. O primeiro episódio será publicado no dia 24 de abril em todas as aplicações de podcast e nos sites do Expresso, SIC e SIC Notícias.

    Contamos com todas e com todos.

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    2 分
  • A quarta temporada
    2025/02/05

    Entre tudo o que os nossos cérebros não compreendem, o infinito ocupa - naturalmente - um lugar central. A partir de uns quantos zeros, os números ganham vida própria e abandonam a realidade próxima e perceptível. O Big Bang, os fractais, o numero de possíveis combinações do ADN, os grãos de areia de todas as praias imaginadas e já percorridas. A nossa mente não é capaz de segurar com propriedade esta imensidão, do enorme ao microscópico.

    A internet e a primeira e a definitiva infinitude cultural da humanidade. O universo digital expande-se a uma velocidade diária estonteante e submerge-nos num oceano de informação e significado - onde ainda não aprendemos a respirar. 500 horas de vídeo criadas em cada minuto, 8 bilhões de chips por ano, 400 milhões de podcasts. Um mundo medido em zettabytes, em si uma medida provisória, está para além da nossa capacidade de toque, de absorção, de reflexão. Habituados - crentes? - a um mundo com limites rígidos, estamos agora perante a fluidez e a potência do que é exponencial e extremado, em tudo.

    A lógica bipolar da internet produz, do outro lado, a longa cauda dos números ínfimos e invisíveis. O reverso da viralidade é o silêncio em que vive a esmagadora maioria dos conteúdos online, para os quais a luz das partilhas e da atenção colectiva nunca chegará a brilhar. A celebridade, quando chega, é traiçoeira e instável, sempre pronta a abençoar os próximos candidatos com o seu brilho irresistível e desapaixonado. Do outro lado dos números longos vivem os dados que nunca são vistos e que só interessam a muito poucos.

    E nesse espaço construímos O Tal Podcast e aprendemos os contornos do que parecem ser as regras do século: é mesmo muito difícil transitar da aritmética da criação para a álgebra da sustentabilidade, é ainda mais impossível planear a longo prazo, a atenção repentina é uma armadilha letal. E ainda outra regra, provavelmente dourada: quando alguém escuta, uma e outra vez, quando alguém sustem o olhar para isso que colocamos no mundo, significa que encontrámos a linha de fuga.

    Essa audição e esse olhar são muitas vezes individuais, familiares, animados por uma comunidade que cabe à volta de uma mesa. Na maior parte dos casos, não serão suficientes para a longa viagem na invisibilidade da rede. Mas quando a excepção acontece, o que aprendemos é que o caminho certo fica na direccao da proximidade, do toque, da presença. São os círculos pequenos e concêntricos que nos ensinam a força do que fazemos.Concluímos a quarta temporada d’O Tal Podcast com ainda mais questões, mais inquietação. Como ser pequeno sem ser insignificante? Como crescer sem esquecimento? Como brilhar de forma límpida e colectiva? O futuro que nos aguarda será definido por estas respostas.

    Queremos desenhá-las convosco.


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    37 分
  • Victor Hugo Mendes
    2025/01/22

    Pai de três, Victor Hugo Mendes (VHM) poderia muito bem fechar as contas da sua paternidade numa dezena de descendentes. Escrito de outro modo: gostaria de ter 10 filhos. O número impressiona, em especial numa Europa com algumas das mais baixas taxas de fertilidade do mundo, porém VHM não se deixa intimidar, assumindo valores ancestrais africanos na relação com a ascendência e descendência. Mas, em que medida as diferenças culturais – e até alguns choques –poderão ter comprometido o seu processo de adaptação a Portugal?

    Victor descomplica a mudança, e dá a conhecer, neste episódio, vários traços da sua personalidade. “Não consigo estar onde não sou bem-vindo. Prefiro abraçar o sacrífico a deixar-me estar”, diz, sempre pronto para acolher um novo desafio: “Preparo-me para as oportunidades”.

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    Nascido na província angolana de Malanje, há 42 anos, cedo Victor Hugo Mendes começou a destacar-se como comunicador. Primeiro na rádio, onde assumiu as vezes de locutor e apresentador, e mais tarde na televisão, o hoje anfitrião do programa “Tem a Palavra”, da RTP África, também é reconhecido pela assinatura literária. Autor de seis obras, onde encontramos títulos como “Face 69”, “Tchiwekinha o menino vencedor” e, mais recentemente, “Nagrelha 2030”, Victor lembra-nos, no seu site oficial, que “Quem lê um livro nunca mais é a mesma pessoa”.

    Com uma trajetória recheada de prémios e reconhecimentos, o apresentador sobressai igualmente como orador em palestras sobre vários temas para a juventude, e ainda pelo apoio a causas de impacto social.


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    1 時間 10 分
  • Cátia Semedo Ramos
    2025/01/15

    Chegou a estar na iminência de um esgotamento, porque “tinha muita dificuldade em dizer não”. Sempre disponível para os outros, Cátia Semedo Ramos foi-se esquecendo das suas necessidades, até viver uma depressão. Os sintomas da doença, silenciosamente incorporados, não escaparam à mãe, que, ao testemunhar algumas explosões de choro da filha, a aconselhou a procurar ajuda médica.

    As lágrimas continuaram a correr, mas, com medicação, sessões de terapia e tempo, ‘desaguaram’ numa nova consciência. A vivência, que Cátia partilha neste episódio, e sobre a qual fala abertamente, em palestras, entrevistas e workshops, surpreendeu muitas pessoas à sua volta, evidenciando a importância de conversarmos, sem tabus, sobre saúde mental, e de sermos capazes de reconhecer o problema e de pedir ajuda.

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    Cátia Semedo Ramos considera que a sua melhor história “é contada na primeira pessoa”, e, sem hesitar, apresenta-nos o título: “From the Hood to Hollywood”, ou, em versão portuguesa “do bairro para Hollywood”. Filha de cabo-verdianos, criada no entretanto demolido bairro da Pedreira dos Húngaros, Cátia chegou a Hollywood como uma das batukaderas de Madonna.

    A viagem aconteceu em 2019, na tour de apresentação do álbum “Madame X”. No regresso a Portugal, esta orgulhosa “Doméstica Rara”, como também se apresenta, formou-se como Coach. Hoje, além de prestar serviço doméstico, trabalha como coach de hábitos e rotinas, é formadora, palestrante, atleta e autora do e-book “20 Receitas Práticas, Económicas e Saudáveis”. Mais recentemente, publicou o diário de autocuidado “My Journal, Hoje eu Afirmo!”.

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    1 時間 3 分
  • Paula Almeida
    2025/01/08

    “Estejamos mais abertos para acolher as nossas crianças!”. Mais do que a expressão da sua experiência profissional e da vivência pessoal, as palavras de Paula Almeida refletem a sua consciência sobre a necessidade de um despertar comunitário. “A mulher negra sempre acolheu”, assinala nesta conversa, entre partilhas sobre a sua própria viagem pela maternidade.

    Mãe de uma menina que, até ao seu acolhimento, vivia numa instituição, Paula conta como o seu trabalho de intervenção social a alertou para uma realidade que pretende ver alterada: a falta de famílias negras disponíveis para acolher e adoptar as “nossas” crianças. Consciente da força que poderá surgir de um maior envolvimento negro nestes processos, a filha da Dona Martina, neta da D. Guilhermina e bisneta da D. Mariana, partilha um dos ensinamentos recebidos da sua linhagem feminina: “Quem tem um filho, tem todos os outros filhos”.

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    Dona de uma longa e vasta experiência em intervenção social e comunitária com crianças e jovens em situação de risco, Paula Almeida soma formações ao serviço da igualdade, e contra a exclusão social. Sempre em busca de novas ferramentas para aproximar grupos, Paula optou pela licenciatura em Estudos Africanos, na variante História e Desenvolvimento, porque viu nessa formação uma via para sustentar o trabalho que desenvolve junto da comunidade negra.

    A par da ligação aos mais novos, inclusivamente em instituições de acolhimento, Paula atua como técnica de intervenção familiar, facilitando a reparação e regeneração de contextos disfuncionais. Por uma sociedade mais humana.


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    1 時間 13 分
  • Sofia Medina Andrade⁠
    2024/12/11

    “Na vida há uma beleza muito grande em vermos as coisas acontecerem”. Sofia Medina Andrade ouviu esta frase em Moçambique, da boca do ex-colega Fernando, e nunca mais a esqueceu. “Fui um livro aberto e voltei preenchida”, conta, plena de tanta cultura que teve a oportunidade de absorver.

    Na altura ao serviço da organização Médicos do Mundo, a hoje especialista em aquisição de talentos revisita a temporada em Maputo como quem percorre um manancial de aprendizagens. A determinada altura dessa viagem, recorda Sofia, o controlo emocional desapareceu: “Saio do carro, e começo a chorar imenso”. O momento de catarse, na sequência da exposição a testemunhos sobre violência contra mulheres, favoreceu o início de uma busca consciente de autocuidado. Onde a coragem para dizer não, e o merecimento, significam trabalho em construção.

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    Bélgica, Brasil, Moçambique e Portugal sinalizam direções na rota profissional de Sofia Medina Andrade, iniciada a partir da licenciatura em Comunicação e Jornalismo. Depois de sete anos nessa área, com experiência em assessoria de imprensa, gestão de eventos e desenvolvimento estratégico, Sofia encontrou, em 2021, um novo rumo nos Recursos Humanos.

    Hoje especialista em aquisição de talentos, empenha-se em promover e defender os valores da Diversidade e Inclusão. Não apenas nas empresas por onde passa, mas também aos microfones do podcast “Colour at Work”, projeto que criou para amplificar vozes sub-representadas no mercado de trabalho.


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    1 時間 9 分
  • Maria Gorjão Henriques
    2024/12/04

    Assistimos a guerras e genocídios como se fossem obras de ficção, das quais nos desligamos quando mudamos de canal ou fechamos o jornal. Acompanhamos a crescente polarização dos debates, e habituamo-nos a repetir a palavra ódio, colada a discursos e campanhas.

    “Estamos num cruzamento essencial”, nota Maria Gorjão Henriques, para quem “nunca foi tão urgente honrarmos o nome da raça humana”. Facilitadora de consciência sistémica, Maria sublinha: “Ou nos permitimos despertar para a humanidade em Nós, ou nos vamos perder”. Ao encontro de Nós, a também terapeuta, escritora e psicóloga de formação empenha-se em mobilizar a força do “Amor puro e genuíno”, lembrando que a Consciência aliada ao Amor promove Cura. Mas como alimentar este movimento de humanização da vida, quando, conforme aponta, “vivemos num mundo de embalagem, e não de conteúdo?”. Buscamos respostas neste episódio, e todas elas convocam a nossa unidade.

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    Formada em Psicologia, Maria Gorjão Henriques consolidou carreira no mundo financeiro, até ao dia em que decidiu agir de acordo com o que sentia e intuía. Despediu-se, mergulhou numa série de formações na área do desenvolvimento humano e espiritual, e tornou-se facilitadora de consciência sistémica.

    Cerca de 20 anos depois, dedica a vida a ajudar outras pessoas a encontrarem o seu propósito, e “a fazerem o seu processo de cura emocional e da sua ancestralidade, rumo a um despertar da consciência individual e coletiva”. Para isso fundou o Espaço Amar, a Consciência Sistémica em Portugal, o Campus de Consciência Sistémica e o Lagar das Almas, além de ter criado o movimento internacional “Unidos num só Coração”. Em 2023 publicou o livro “O despertar da consciência com as constelações familiares” e, já neste ano, lançou “Relacionamentos Amorosos - O espelho das histórias e dos traumas familiares”.


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    1 時間 36 分