• A quarta temporada

  • 2025/02/05
  • 再生時間: 37 分
  • ポッドキャスト
  • サマリー

  • Entre tudo o que os nossos cérebros não compreendem, o infinito ocupa - naturalmente - um lugar central. A partir de uns quantos zeros, os números ganham vida própria e abandonam a realidade próxima e perceptível. O Big Bang, os fractais, o numero de possíveis combinações do ADN, os grãos de areia de todas as praias imaginadas e já percorridas. A nossa mente não é capaz de segurar com propriedade esta imensidão, do enorme ao microscópico.

    A internet e a primeira e a definitiva infinitude cultural da humanidade. O universo digital expande-se a uma velocidade diária estonteante e submerge-nos num oceano de informação e significado - onde ainda não aprendemos a respirar. 500 horas de vídeo criadas em cada minuto, 8 bilhões de chips por ano, 400 milhões de podcasts. Um mundo medido em zettabytes, em si uma medida provisória, está para além da nossa capacidade de toque, de absorção, de reflexão. Habituados - crentes? - a um mundo com limites rígidos, estamos agora perante a fluidez e a potência do que é exponencial e extremado, em tudo.

    A lógica bipolar da internet produz, do outro lado, a longa cauda dos números ínfimos e invisíveis. O reverso da viralidade é o silêncio em que vive a esmagadora maioria dos conteúdos online, para os quais a luz das partilhas e da atenção colectiva nunca chegará a brilhar. A celebridade, quando chega, é traiçoeira e instável, sempre pronta a abençoar os próximos candidatos com o seu brilho irresistível e desapaixonado. Do outro lado dos números longos vivem os dados que nunca são vistos e que só interessam a muito poucos.

    E nesse espaço construímos O Tal Podcast e aprendemos os contornos do que parecem ser as regras do século: é mesmo muito difícil transitar da aritmética da criação para a álgebra da sustentabilidade, é ainda mais impossível planear a longo prazo, a atenção repentina é uma armadilha letal. E ainda outra regra, provavelmente dourada: quando alguém escuta, uma e outra vez, quando alguém sustem o olhar para isso que colocamos no mundo, significa que encontrámos a linha de fuga.

    Essa audição e esse olhar são muitas vezes individuais, familiares, animados por uma comunidade que cabe à volta de uma mesa. Na maior parte dos casos, não serão suficientes para a longa viagem na invisibilidade da rede. Mas quando a excepção acontece, o que aprendemos é que o caminho certo fica na direccao da proximidade, do toque, da presença. São os círculos pequenos e concêntricos que nos ensinam a força do que fazemos.Concluímos a quarta temporada d’O Tal Podcast com ainda mais questões, mais inquietação. Como ser pequeno sem ser insignificante? Como crescer sem esquecimento? Como brilhar de forma límpida e colectiva? O futuro que nos aguarda será definido por estas respostas.

    Queremos desenhá-las convosco.


    See omnystudio.com/listener for privacy information.

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あらすじ・解説

Entre tudo o que os nossos cérebros não compreendem, o infinito ocupa - naturalmente - um lugar central. A partir de uns quantos zeros, os números ganham vida própria e abandonam a realidade próxima e perceptível. O Big Bang, os fractais, o numero de possíveis combinações do ADN, os grãos de areia de todas as praias imaginadas e já percorridas. A nossa mente não é capaz de segurar com propriedade esta imensidão, do enorme ao microscópico.

A internet e a primeira e a definitiva infinitude cultural da humanidade. O universo digital expande-se a uma velocidade diária estonteante e submerge-nos num oceano de informação e significado - onde ainda não aprendemos a respirar. 500 horas de vídeo criadas em cada minuto, 8 bilhões de chips por ano, 400 milhões de podcasts. Um mundo medido em zettabytes, em si uma medida provisória, está para além da nossa capacidade de toque, de absorção, de reflexão. Habituados - crentes? - a um mundo com limites rígidos, estamos agora perante a fluidez e a potência do que é exponencial e extremado, em tudo.

A lógica bipolar da internet produz, do outro lado, a longa cauda dos números ínfimos e invisíveis. O reverso da viralidade é o silêncio em que vive a esmagadora maioria dos conteúdos online, para os quais a luz das partilhas e da atenção colectiva nunca chegará a brilhar. A celebridade, quando chega, é traiçoeira e instável, sempre pronta a abençoar os próximos candidatos com o seu brilho irresistível e desapaixonado. Do outro lado dos números longos vivem os dados que nunca são vistos e que só interessam a muito poucos.

E nesse espaço construímos O Tal Podcast e aprendemos os contornos do que parecem ser as regras do século: é mesmo muito difícil transitar da aritmética da criação para a álgebra da sustentabilidade, é ainda mais impossível planear a longo prazo, a atenção repentina é uma armadilha letal. E ainda outra regra, provavelmente dourada: quando alguém escuta, uma e outra vez, quando alguém sustem o olhar para isso que colocamos no mundo, significa que encontrámos a linha de fuga.

Essa audição e esse olhar são muitas vezes individuais, familiares, animados por uma comunidade que cabe à volta de uma mesa. Na maior parte dos casos, não serão suficientes para a longa viagem na invisibilidade da rede. Mas quando a excepção acontece, o que aprendemos é que o caminho certo fica na direccao da proximidade, do toque, da presença. São os círculos pequenos e concêntricos que nos ensinam a força do que fazemos.Concluímos a quarta temporada d’O Tal Podcast com ainda mais questões, mais inquietação. Como ser pequeno sem ser insignificante? Como crescer sem esquecimento? Como brilhar de forma límpida e colectiva? O futuro que nos aguarda será definido por estas respostas.

Queremos desenhá-las convosco.


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