Neste episódio especial de Natal, aproveitamos uma singela história para falar da importância da ação individual se queremos o Brasil de volta nos trilhos. Feliz Natal!

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Eu estou a um ano e meio de completar 70. Se-ten-ta anos! Dentro de mim existe algo que não envelhece, amadurece. Esse algo não tem idade, dá pra sacar que ele se interessa por coisas diferentes com o passar do tempo.
Envelhecer e amadurecer são coisas bem diferentes, mas que muita gente confunde. Envelhecer é simples: o tempo passa, o corpo muda, aparecem as rugas, os cabelos brancos, as dores nas costas e o pique já não é o mesmo. Não tem escolha, é a ordem natural das coisas. Você vai envelhecer. Ponto.

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Imagine que estamos vivendo dentro de uma vitrine gigantesca, onde tudo o que fazemos, pensamos ou sonhamos precisa ser exibido, comentado, avaliado e, principalmente, consumido. Parece exagero? Pois esse é o mundo que Guy Debord, lá em 1967, descreveu com lucidez desconcertante no livro “A Sociedade do Espetáculo”. Debord não tinha redes sociais, mas cravou o conceito: vivemos uma cultura onde o espetáculo substituiu a realidade.

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“Se os artistas fossem somente artistas não teria tanta polarização como hoje. Aqui no Brasil eu particularmente deixei de ouvir muitos músicos (bons músicos diga-se de passagem) por conta de suas declarações e ofensas contra o intelecto do "cidadão comum" que acorda todos os dias e trabalha, estuda, empreende etc ... O povo em geral está cansado dessa elite intelectual que mais divide do que agrega. Esses dias estava assistindo ao documentário do Senna na Netflix e me dei conta de como deixamos de produzir heróis e gente que inspira. Não temos mais em quem nos espelhar ou nos orgulhar. Tudo virou política. Quando um ator, atleta ou músico abre a boca pra falar de política ele divide cada vez mais os brasileiros.”

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O link para o vídeo do Gervais: https://www.youtube.com/watch?v=_9TbQY3Cwhk&t=0s

Neste episódio, mergulhamos no meme que ecoa o icônico discurso de Ricky Gervais no Globo de Ouro 2020. A crítica afiada: artistas, jornalistas, professores e outros profissionais com holofotes à disposição precisam lembrar que sua função é entreter, informar ou ensinar — e não ditar como devemos viver. Gervais resumiu bem: "Vocês não sabem nada sobre o mundo real". Vamos debater o limite entre talento e moralismo e refletir sobre a verdadeira conexão entre público e palco.

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Vivemos na era dos CCFs – Criadores Compulsivos de Futilidades. Eles estão por toda parte, moldando a narrativa das redes sociais e a cultura de massa, onde o talento e a substância muitas vezes cedem espaço ao espetáculo vazio. Esses "influenciadores" e "celebridades" da modernidade parecem desafiar a inteligência humana, oferecendo conteúdos cuja profundidade muitas vezes não passa da superfície da tela. A fama, antes conquistada por méritos e feitos que inspiravam, virou algo quase descartável, obtida através de controvérsias fabricadas, brigas públicas e exposição de aspectos banais da vida pessoal.

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Se você foca suas atividades na política, mas não trabalha a cultura, que vem antes da política, você não vai conseguir nada. Temos exemplos no mundo de que, quando se faz um trabalho forte na cultura, isso influencia diretamente a política. Afinal, a política é o resultado da cultura. Link para a Black Fridy: https://materiais.lucianopires.com.br/planejamento-antifragil-blck-friday

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A volta de Donald Trump à presidência dos EUA foi um tapa na cara da mídia e do establishment democrata. Trump, saído da Casa Branca em meio a ameaças de impeachment e com o ataque ao Capitólio jogado em seu colo, foi colocado no caixão pela imprensa. Mas ele voltou com tudo, legitimado pelo voto popular. E quem quebrou a cara? O jornalismo, que há muito deixou de fazer jornalismo.

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