
Backlog cheio, produto vazio
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A estrutura ágil, na essência, é uma das melhores formas de desenvolver produtos em ciclos curtos, com base em aprendizado contínuo, aproximação com os usuários e adaptação rápida.
Mas o problema é que essa estrutura, quando mal interpretada ou mal aplicada, vira só performance teatral. Uma dança coreografada de rituais, backlog groomings, plannings e reviews… sem profundidade.
A simples existência dele já cria uma obrigação quase automática: temos que abastecer essa lista. Mas abastecer com o quê, exatamente? Ideias soltas? Solicitações de fora? Desejos do stakeholder da semana?
Eu gosto de usar uma metáfora simples: o backlog é como uma cadeira no meio do quarto.
Se você tem disciplina, a cadeira está ali, disponível para quando for necessário usá-la. Ela está vazia, mas não é inútil. É funcional. Agora, se falta maturidade, essa cadeira vira um depósito improvisado: roupas, objetos, coisas que não sabemos onde guardar. O resultado? Quando você realmente precisa da cadeira ela está ocupada. Você a perdeu para o acúmulo do que não importa.
Com o backlog acontece o mesmo. Se não há disciplina e clareza de propósito, ele vira depósito de distrações. O time não consegue mais sentar, pensar e reagir com agilidade de verdade.
Vejo muitas empresas começando seus ciclos ágeis com entusiasmo, e isso é ótimo. Não devemos abafar o brilho nos olhos de quem está entrando nesse universo. Mas existe uma diferença entre empolgação e responsabilidade.
E aí vem a pergunta incômoda: você entregaria a construção da sua casa para uma pessoa que está começando agora no mundo da construção? Alguém sem experiência, sem mentoria, sem supervisão? Provavelmente não.
Ter gente entusiasmada é um presente. Mas entusiasmo sem direção pode virar desperdício. Se a organização está realmente comprometida em implantar ciclos de iteração, inovação e melhoria contínua, o caminho natural é contar com alguém experiente nesse tipo de condução.
Pode ser um consultor externo, alguém contratado para o time ou até uma liderança interna que já passou por isso. O papel dessa pessoa é dar direção à cultura que está nascendo, conectar os rituais aos resultados e trazer números que comprovem o valor, seja em faturamento ou em adoção real por parte dos usuários.
Assim como precisamos manter aquela cadeira do quarto livre para que possa cumprir sua função quando for necessário, também precisamos tratar o backlog com respeito. Isso significa ter processos estruturados de discovery, fazer escolhas difíceis, dizer “não” com convicção e priorizar não só com base em opinião, mas com dados e conhecimento acumulado.
Então, da próxima vez que você olhar para o backlog do seu time, pergunte: essa cadeira está pronta para ser usada quando eu precisar? Ou estou apenas empilhando coisas onde não deveria?
Vamos falar do backlogO perigo está em tratar o backlog como um depósito onde tudo cabe, sem refletir se aquilo realmente gera valor para o usuário ou adesão ao produto.Mas por que isso acontece?Então, por que entregamos a evolução de produtos inteiros a scrum masters inexperientes, muitas vezes liderando pessoas sem nunca ter aprofundaram seu entendimento sobre ciclos ágeis, sobre o impacto das relações humanas nos rituais, ou sobre quando é preciso abrir mão de uma cerimônia para preservar a saúde do time?Quando eu digo que “a agilidade virou uma fábrica de ilusões”, é para cutucar e alertarAgilidade, no fim das contas, não é sobre fazer mais rápido. É sobre fazer o que realmente importa, e isso exige maturidade.