エピソード

  • “Sá Carneiro disse-me: ‘Artur, não fique cá’”
    2025/06/02

    Artur Santos Silva festejou o 25 de abril com champanhe em casa do vizinho Francisco Sá Carneiro, no Porto. A fundação do PPD, o choque das nacionalizações e o pânico com as detenções de empresários.

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    56 分
  • Tozé Brito: “No quartel votámos contra sair à rua para travar o Jaime Neves. Ou morríamos todos ou dava guerra civil”
    2025/05/26

    O músico Tozé Brito pagou dez contos a um agente da PIDE para fugir do país e exilar-se em Inglaterra como tradutor, para escapar à guerra de África. Voltou no Natal de 1974 e viveu o quente ano de 1975 nos quartéis, a dar instrução sobre armas pesadas. Participou em campanhas de alfabetização no interior, onde viu a magia da chegada da luz elétrica e da televisão — e um homem ainda lhe perguntou pelo rei, 65 anos depois do fim da monarquia. Aos fins de semana dava concertos com o Quarteto 1111, que continuou a fazer músicas sobre o amor, apesar da mudança política na música: “Só havia espaço para a esquerda e para quem cantava a Revolução. Era massacrante estar a ouvir aquilo”.

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    1 時間 6 分
  • Pezarat Correia: “O Vasco Gonçalves estava extremamente perturbado na parte final do governo dele”
    2025/05/19

    O choque violento com Vasco Gonçalves na assembleia do MFA. As influências que viravam Otelo no Copcon. As longas reuniões do Conselho da Revolução. Os agricultores armados para se defenderem das ocupações. E a granada que rebentou numa manifestação. Segunda parte da conversa com o general Pezarat Correia, que foi membro do Conselho da Revolução e comandante da Região Militar Sul.

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    43 分
  • Pezarat Correia: “Estive com Spínola na Guiné e eu tinha ali um comandante. Depois, como Presidente, foi um desastre”
    2025/05/12

    Histórias de bastidores da origem do Movimento dos Capitães. Conspirações arriscadas em Angola. As eleições para a comissão do MFA. A Kalashnikov que levou para o encontro com Jonas Savimbi, que “estava sempre disposto a trair tudo”. As negociações com a FNLA e o MPLA até aos acordos de Alvor. A viagem de Almeida Santos a Luanda, o ultimato contra o governador e a chegada de Rosa Coutinho. As greves dos caminhos de ferro e dos camionistas e a ocupação da rádio. O 11 de março no gabinete do Chefe do Estado Maior do Exército. E a crítica à Presidência da República de Spínola. Primeira parte da conversa com o general Pedro Pezarat Correia, antigo membro do Conselho da Revolução.

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    1 時間 23 分
  • José Lamego e o MRPP: “Havia uma mentalidade persecutória e um ultrapuritanismo completamente disparatado”
    2025/05/05

    O recrutamento pelo MRPP e a desilusão com o irrealismo do partido. A luta corpo a corpo com um agente da PIDE que o baleou — e só não o matou porque ficou sem balas. As três detenções, a tortura e o “segredo” na prisão de Caxias. A recusa de uma fuga para Paris, por achar que ir para o exílio era prova de fraqueza. Os primeiros sinais da revolução na cadeia e a libertação no dia 26 de abril de 1974. O uso de ficheiros da PIDE nas detenções de militantes do MRPP depois da revolução. O encontro com Arnaldo de Matos. As acusações de desvio burguês e de ser um bon-vivant. E o sonho de transformar Portugal na Albânia, “um delírio completo”.

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    1 時間 12 分
  • Marcello Duarte Mathias: “Vi o 25 de abril com muita apreensão. Depois conseguiu-se aquele milagre do 25 de novembro”
    2025/04/28

    O 25 de abril visto a partir da embaixada no Brasil, onde Marcello Duarte Mathias estava colocado. O desalento de José Hermano Saraiva, último embaixador antes da revolução, e a gargalhada do sucessor, Vasco Futscher Pereira. A campanha contra o pai, que tinha sido ministro de Salazar. As abordagens e promessas da CIA para tentar recolher informações. A “burguesia particularmente ignorante” que “não entendeu nada em 1974”. A amargura de Marcello Caetano. Os exilados portugueses no Brasil. A entrada de Mário Soares no Ministério dos Negócios Estrangeiros. E o “milagre” do 25 de novembro.

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    47 分
  • Helena Roseta: “No cerco ao Parlamento o PCP tinha frango. Lembro-me de ir ao gabinete deles a cantar ‘Eles comem tudo’”
    2025/04/21

    A alegria libertadora dos abraços a desconhecidos no 1º de Maio e nas filas para votar nas primeiras eleições livres. Os dilemas antes de aderir ao PPD e os boicotes da esquerda aos comícios. As perguntas bizarras nas sessões de esclarecimento em que ensinava como se votava. O plano insensato para defender a sede do PSD no 11 de março, em que adormeceu de cansaço. As discussões épicas e os bastidores dos meses na Assembleia Constituinte, sem receber salário nos primeiros meses. O privilégio de ajudar a escrever a Constituição. E o encontro inesperado com os outros deputados esfomeados no Leitão da Mealhada, depois do cerco ao parlamento, quando iam levar a Constituinte para o Porto.

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    1 時間 15 分
  • João Van Zeller: “Em Luanda, o fim criou uma inconsciência eufórica. As pessoas ficavam excitadas e faziam grandes disparates”
    2025/04/14

    O medo quando se viu cercado por 20 guerrilheiros do MPLA “muito zangados”. A agitação com a chegada de Rosa Coutinho a Angola. O falhanço das informações americanas. Os encontros com Savimbi e Holden Roberto. A venda do BMW e dos eletrodomésticos para continuar a pagar contas. A máquina que imprimiu notas para pagar 18 mil salários. O milionário com companhias duvidosas. E a vida faustosa sem um tostão no bolso. As memórias incríveis de João Van Zeller dos tempos em que era administrador do Banco Inter-Unido, em Angola.

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    1 時間 16 分